sábado, 18 de outubro de 2008

MOCOTÓ




Se os escravos criaram a feijoada com sobras do porco e o legume escuro desprezado pelos patrões brancos, o mocotó nasceu do preparo de partes do bovino consideradas menos nobres (viscerais ou com muito osso): basicamente a carne da pata (o mocotó propriamente dito). Aqui no Sul, é mais comum incluir intestinos e estômago (o mondongo, para gaúchos e hispânicos), acrescentando-se ainda feijão branco, que suaviza o forte cheiro das vísceras, e vários temperos para equilibrar o sabor. Quanto ao étimo, o Aurélio dá como tupi, mas estudiosos africanistas como a baiana Yeda Pessoa de Castro asseguram que o termo mbokotog é banto, pois os indígenas não conheciam o boi.

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